sábado, 25 de outubro de 2014

Another inch of Monkey Temple


Para quem ficou curioso sobre a vista do alto do templo sobre o vale de Kathmandu,



E para que todos vocês vejam como há sempre um macaco a comer da mão de alguém importante..






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Macaquices à parte, hoje foi dia de cerimónia em família - Tika Day of Diwali Festival
a breve, o resumo !

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Watch out, the monkeys will chase you!

Devo confessar que meter-se a conhecer cidades sem ninguém que sirva de guia local tem o seu quê de surpresa. 
Assim, no momento em que uma pessoa se mete a dar corda à chinela pelo mapa riscado, começa logo a dúvida à quinta esquina quando depois da ponte surge o início de uma subida para o meio de um qualquer bairro emboscado, ao fim da qual pensamos ver a bela Stupa..! 
E vemos. Mas não à nossa frente, vemo-la bem lá no alto, acima do nosso nível ocular, separada de nós por um bairro em terra batida e poeira a cada buzina de mota.. 
"- Didi, Namaste! The Stupa is this way?"
"- Namaste! Yeye.. " - apontando com a mão para a espécie de estrada que seguia..
Keep on.. Buzinas pra frente, buzinas pra trás, nem sinal de turistas, segue segue. Motas que levantam pó e táxis que o fazem bailar pelos nosso cabelos. Uma curva ao final e giramos para um mercado de rua montado no chão de uma praça: colares de flores, fruta, frutos secos, taças de folha de couve de, taças de metal, velas, e mais isto e aquilo! À frente o início de uma escadaria apresentada por uma mesa cheia de velas acesas e por acender, à espera de quem queira fazer uma rezinha. E a escadaria é tão alta..! Porque raio não me informou disto o mapa? Ao primeiro pé que meto na escada começo a ouvir "risinhos" - pera lá, não sao risos.. é macacos por todó lado, voilà! Pequenos, grandes, magros, assim-assim, a pé, aos saltos, às cavalitas (o meu cérebro funciona sozinho - esconde tudo, não tocar em comida, não parar muito perto, será que estes são como os da Indo que roubam tudo?! Espera-se que não). Com o córtex em alto alerta sigo a escadaria ponteada por grandes estátuas de Buddha, saudando a nossa chegada e ascensão até ao alto da sua Stupa. 
"- zanf!". E macacos que correm. Eis uma ideia brilhante: a bela da avozinha de fisga na mão (sim, fisga, feita de pele e madeira, como a que a malta fazia há uns bons anos atrás), de mira apontada aos macacos, sem distinção, a afugentá-los todos do seu negócio (leia-se: banca a meio da escada)..! 




E eis que após mais uns degraus se ergue à nossa frente a imponente Swayambhunath Stupa. Todo um ambiente tranquilo e acolheder em torno. Cheiros vários, e velas e pó colorido, sinos que rodam no sentido dos ponteiros do relógio, pessoas que caminham no mesmo sentido e os fazem girar.. Cães, tantos cães.. Na hora da sesta, todos. E macacos, vários macacos.. Que não param quietos, nenhummm, Menos tímidos que os das escadas. 
À medida que exploro as portas abertas e vielas escondidas chego a uma espécie de miradouro. Com um macaco. Que não escapa. Que fica especado a ver-me aproximar. "- fluf!" agarrado à minha garrafa de água! (a sério q estes zecas até as garrafas de água querem?!) Vanessa 1 - Macaco 0. 
Ao seguir encontro a entrada para um mosteiro. Entro, meia tímida. T-shirts vermelhas secam no estendal da entrada e um monge está sentado perto da lenha "- Namaste!" uma tranquilidade geral no ar, silêncio. Entre um sorriso e um passo tenho outro macaco a barrar-me a passagem, hesito. O monge intervém e o macaquinho vai à sua vida. Este é um mosteiro pequeno, bem restrito no espaço. Passo para um jardim interior não totalmente fechado, com uma vista estupenda sobre o Vale de Kathmandu, bandeiras de reza tibetanas por todo o lado..uma paz. E a caótica Kathmandu lá ao fundo, bem longe. Um paraíso no alto!


Kathmandu é mágica, consegue surpreender-nos atrás de esquinas e vielas..! É um misto de tudo e de nada, um sabor a "há um tempo atrás..". Não sei como era a realidade da minha avó ou da mãe dela com a minha idade, mas acredito bem que fosse bastante idêntico. 

Com uma particularidade: mesmo que ela fosse comprar umas bolachas pro caminho, à saída da igreja, nunca teria a senhora do quiosque a avisar "- Be careful, monkeys will chase you!" (pq é q a senhora das bolachas não está à entrada?)



Mas que fantástica macacada!